Manual da Saúde Bucal para pets
A saúde bucal dos nossos pets é uma parte essencial do bem-estar geral deles, mas muitas vezes é negligenciada pelos tutores. Entretanto, assim como nós, cães e gatos também precisam de cuidados diários com os dentes e as gengivas para prevenir problemas como tártaro, gengivite e mau hálito. Neste manual, vamos explicar as melhores práticas para manter a saúde bucal do seu pet em dia. Além disso, vamos apresentar as doenças e os problemas mais recorrentes na boca dos pets. Dessa forma, você poderá garantir ao seu melhor amigo que ele tenha uma vida longa, saudável e cheia de sorrisos. Conheça o manual da saúde bucal para pets.
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Dicas para melhorar o hálito de seu pet
Que ninguém gosta de mau hálito, não é uma novidade. E o mesmo vale para nossos pets. Cada vez mais próximos de nós, no sofá, na cama, às vezes é possível sentir que a higiene do seu amigo não está em dia. Entretanto, é importante ficar atento, pois isso pode ser um indício de que a saúde do pet não vai bem. Por isso, é importante consultar um médico-veterinário. Conheça 5 dicas para melhorar o hálito de seu pet.
O que causa o mau hálito?
Na maioria dos casos a falta de higienização bucal dos cachorros acaba causando cheiros desagradáveis. Mas, ele pode ocorrer devido a enfermidades. Ou seja, antes de saber qual ação tomar em relação ao hálito do seu pet é importante descobrir a causa do problema. Assim, como os tutores humanos, os cães também devem realizar a escovação diária dos dentes. Isso já reduziria e muito a chance do animal ficar com "bafo". Isso porque ao longo do dia o cachorro acumula substâncias e resíduos de comida na boca, assim como os humanos. Dessa forma, cria-se a película adquirida, uma cada viscosa e esbranquiçada localizada perto da gengiva.
Sem a escovação, bactérias da boca se acumulam e começam a se reproduzir criando assim a placa bacteriana. O esmalte do dente já passa a ficar exposto com apenas 12 horas sem escovação. Após um certo tempo, reações químicas com o cálcio, presente na dieta, acabam colando no dente. Assim, o tártaro ou cálculo dentário se forma, aquelas manchas amareladas nos dentes. Com o tempo, várias camadas de placa formam-se até o tártaro ficar duro que nem pedra. Portanto, nesse estágio, algumas simples escovações não conseguirão remover a sujeira. Sendo assim, o mau hálito já está bem impregnado na boca do animal e os dentes também estão sujos. Além disso, há a possibilidade do cachorro estar com gengivite. E isso acaba resultando em micro sangramentos e outras infecções bacterianas, piorando o cheiro da boca do seu amigo.
Outras possíveis causas
Doenças no estômago do cão também podem causar a halitose, como é chamado o mau hálito. Isso porque inflamações ou infecções na barriga também manifestam maus odores liberados quando o animal respira e acaba "bafando" na cara do dono.
A diabetes, quando não tratada, também pode levar a um quadro de cetoacidose. Esse quadro resulta de uma deficiência de insulina, que estimula a produção de energia através da quebra de gordura armazenada. Por sua vez, essa quebra da gordura acaba criando corpos cetônicos. E o acúmulo deles diminui o pH do sangue, causando a acidose metabólica. O mau hálito, neste caso, pode ajudar no diagnóstico dessa doença que pode ser fatal.
Além dessas, doenças renais em estágio avançado causa acúmulo de amônia no organismo. Então ocorre o hálito urêmico, nomeado assim pelo fato que o cheiro lembra o odor de urina do cão. E por fim, tumores na cavidade oral também são responsáveis por causar bafo no cão. Isso porque esses tumores acabam ficando muito infeccionados. E assim, sangram com bastante frequência, deixando o animal com cheiro forte na boca.
A importância de fazer limpeza de tártaro no seu pet
Como falamos acima, a remoção de tártaro é um procedimento fundamental não apenas para combater o mau hálito, mas também para preservar sua saúde geral dos animais de estimação. Sendo assim, o tártaro canino, conhecido como cálculo dentário, ocorre quando a placa bacteriana se acumula e se cristaliza nos dentes do animal. Logo, essa placa, quando não removida por um longo período, endurece e se torna cada vez mais difícil de ser eliminada.
Por isso, é essencial realizar a limpeza de tártaro em cães, pois a falta desse cuidado pode resultar em complicações graves. Uma vez que, as bactérias presentes no tártaro progredir para os tecidos de suporte dos dentes e até mesmo atingir os vasos sanguíneos. Dessa forma, podendo causar alterações nos órgãos vitais e doenças graves. Tais como, problemas renais, hepáticos e doenças cardíacas.
Além disso, outro problema preocupante é o risco de o cão perder um ou mais dentes. Pois, além das questões estéticas, a função mastigatória do animal é comprometida, prejudicando sua alimentação e levando a um quadro de desnutrição.
Como identificar tártaro no seu pet
Você conseguirá identificar o tártaro nos seus pets através da observação de alguns sinais, como, por exemplo, o mau hálito. Inicialmente, as mudanças na coloração dos dentes podem não ser muito evidentes, mas um hálito desagradável costuma ser um indício de acúmulo de tártaro. Mas, com o tempo, os dentes afetados pelo tártaro do seu cão começarão a ficar amarelados e, em seguida, adquirirão uma tonalidade marrom. Além disso, as bactérias presentes no tártaro podem empurrar a gengiva, causando inflamação e deixando-a avermelhada. Logo, a dor nos dentes e nas gengivas pode levar o animal a comer menos e evitar a mastigação, o que também pode ser um sinal de tártaro em cães.
Como prevenir o tártaro no seu pet
A prevenção é sempre a melhor abordagem quando se trata de tártaro em animais e a principal forma de prevenção é através da escovação dos dentes. Por isso, é importante incluir essa prática nos cuidados de higiene diários do seu cão. O ideal é começar desde filhote, acostumando-o gradualmente com a escovação. No entanto, quando o tártaro já está estabelecido, o único tratamento efetivo é a remoção, conhecida como profilaxia dentaria. Ou seja, um procedimento cirúrgico semelhante às realizadas em humanos, mas no caso dos pets, requer a aplicação de anestesia geral inalatória.
Além disso, para garantir que a cirurgia seja realizada sem complicações ou riscos, um veterinário especialista deve conduzir uma avaliação clínica. E assim, poderá solicitar exames. Como, por exemplo, radiografias, exame de sangue e eletrocardiograma. Em seguida, após analisar os resultados, o médico determinará se o animal está apto a passar pelo procedimento sob anestesia geral.
Impacto da Nutrição na Saúde Dental dos Pets
A saúde dental dos pets é um aspecto crucial do seu bem-estar geral, e a nutrição desempenha um papel fundamental na manutenção de dentes e gengivas saudáveis. Na clínica do Dr. Patas, acreditamos que uma dieta balanceada e apropriada pode prevenir muitos problemas dentários comuns e promover uma vida mais saudável e feliz para seu amigo de quatro patas. Aqui estão alguns pontos-chave sobre o impacto da nutrição na saúde dental dos pets:
Prevenção da Placa e do Tártaro
Rações secas e crocantes ajudam a remover a placa bacteriana dos dentes enquanto o pet mastiga. Isso porque os alimentos podem funcionar como uma escova de dentes. Assim, eles limpam a superfície dos dentes e ajudam a prevenir a formação de tártaro. Além disso, há petiscos formulados para promover a saúde dental, feitos para serem mastigados lentamente, o que ajuda a limpar os dentes e massagear as gengivas.
Redução do Mau Hálito
Uma dieta rica em ingredientes naturais e frescos ajuda a reduzir o mau hálito. Uma vez que alimentos de qualidade, sem aditivos artificiais, são mais fáceis de digerir e menos propensos a causar problemas digestivos que levam ao mau hálito. Enquanto isso, a água também é essencial para a saúde geral e dental. Manter seu pet bem hidratado ajuda a lavar as partículas de comida da boca e a promover a produção de saliva, que tem propriedades antibacterianas naturais.
Suporte Nutricional
Nutrientes como cálcio e fósforo são vitais para dentes fortes e saudáveis. Além desses, os ácidos graxos ômega-3, presentes em peixes e óleos de peixe, têm propriedades anti-inflamatórias que podem ajudar a reduzir a inflamação gengival e a promover a saúde periodontal.
Controle do Peso e Saúde Geral
Um peso saudável é essencial para prevenir muitas doenças, incluindo problemas dentários. Pets com sobrepeso são mais propensos a desenvolver doenças periodontais devido à inflamação sistêmica associada à obesidade. Assim como há raças com predisposições a problemas dentários específicos. Portanto, alimentar seu pet com uma dieta formulada para suas necessidades individuais pode ajudar a prevenir esses problemas.
E embora muitos acreditem que os ossos são bons para os dentes dos pets, ossos cozidos ou muito duros podem causar fraturas dentárias. Por fim, açúcares e carboidratos refinados contribuem para a formação de placa e tártaro, levando à cárie dentária e doença periodontal. Portanto, evite dar doces, pães e outros alimentos ricos em açúcares ao seu pet.
Saiba mais sobre gengivite em pets
A gengivite em cachorro é uma doença muito comum. Ela acontece quando placas bacterianas se acumulam nos dentes, irritando a gengiva. E essa irritação tem efeitos nos pets, causando sangramentos, dores e inflamação. Entretanto, a doença tem um tratamento simples. E quanto mais cedo iniciá-lo, menores as chances de complicações para a saúde do seu pet.
Sintomas e sinais
O mau hálito quase sempre indica algum problema na saúde bucal dos pets. Neste caso, ele se trata de um dos sintomas da inflamação da gengiva. Por isso, se o seu cachorro apresentar um hálito ruim, procure um médico veterinário. Se a gengiva estiver inflamada ela pode comprometer a mastigação.
Sendo assim, com a região sensível e dolorida, muitas vezes o animal não consegue mastigar direito os alimentos. A partir disso, ele tende a comer menos e com menos nutrientes, ele pode contrair outras doenças.Por fim, a inflamação na região costuma causar vermelhidão e inchaço na gengiva. Em alguns casos, o pet pode ter sangramentos na região.
Como prevenir a gengivite
Para ajudar na prevenção, você pode fazer a escovação diária, alimentação balanceada e o tratamento clínico quando necessário
Quando os casos são evoluídos, a placa bacteriana se calcifica com os sais minerais da saliva formando-se o tártaro. A diferença é que a placa pode ser removida com a escovação e o tártaro não, sendo necessário um tratamento profissional para sua remoção. Então, não espere a placa se tornar em tártaro para começar a se preocupar.
Recessão gengival – Entenda o que é
o início de tudo: gengivite
Podemos considerar que os tecidos gengivais saudáveis são de uma cor rosa-claro, possuem um bordo fino, liso e regular. Neles, não devemos observar vestígios de placa dentária ou cálculo. Já quando estamos perante uma gengivite, existe uma alteração da cor da gengiva, observando-se uma linha avermelhada ao longo da margem gengival, o que corresponde a uma inflamação superficial da gengiva. Apesar disso, essa etapa é reversível se for removida a placa bacteriana, sem perda do ligamento periodontal.
recessão gengival
Quando a gengivite não é tratada, a inflamação dos tecidos evolui para uma periodontite, em que pode acontecer a perda de fixação. Sendo assim, a perda de fixação do dente, começa essencialmente de duas maneiras:
- Recessão da gengiva, mas com o sulco gengival inalterado. Neste caso, há a exposição das raízes do dente afetado. Apesar da gravidade, o médico veterinário pode facilmente identificá-la durante o exame físico do animal em consulta.
- A gengiva se mantém com a mesma altura, mas a área de fixação se desloca no sentido apical e cria uma bolsa periodontal. Assim, neste caso só é possível ser diagnosticado sob anestesia geral, com o uso de uma sonda periodontal.
Principais causas
As principais causas da recessão gengival são:
- Acúmulo de da placa de bactérias e de cálculos (tártaro) que acabam irritando e inflamando as gengivas.
- Inflamações e infecções nos tecidos de suporte dos dentes, que pode resultar em doenças periodontais
- Mordidas em objetos duros que podem danificar as gengivas (saiba mais como tratar fraturas de dentes em pets)
- Por fim, pets mais velhos são mais propensos a problemas dentários.
Fístulas oronasais em pets
As fístulas oronasais se tratam de uma condição em que há uma comunicação anormal entre as cavidades oral e nasal. Apesar desta condição afetar tanto cães quanto gatos, é mais comum em cães, especialmente em raças com focinho mais longo e estreito. Conheça algumas das causas:
Causas de fístulas oronasais em pets
Uma das causas das fístulas são extrações dentárias complexas ou mal executadas, especialmente dos dentes caninos superiores. Além disso, traumas, lesões traumáticas na área oral ou facial também podem levar ao desenvolvimento de fístulas. Por fim, o crescimento exacerbado de células, como por exemplo tumores, na cavidade oral ou nasal podem invadir as estruturas ósseas e formar fístulas. Enquanto há também fístulas oronasais que podem ser de origem congênita, presentes desde o nascimento.
Sintomas
Dentre os sintomas que podemos considerar para identificar as fístulas, estão:
- Presença de secreção nasal, que pode ser clara ou purulenta.
- Espirros frequentes acompanhados de corrimento nasal.
- Odores desagradáveis provenientes da cavidade oral, causando mau hálito
- Desconforto ao mastigar, rejeição de alimentos duros e perda de peso, demonstrando dificuldade para comer.
- Em casos mais severos, pode haver sangue misturado à secreção nasal.
- Áreas ao redor da boca ou do nariz podem estar inchadas e sensíveis ao toque.
Diagnóstico e tratamento
Em geral, para a detecção desta condição o médico veterinário realiza uma inspeção visual da cavidade oral e nasal. A partir disso, ele vai solicitar radiografias dentárias para avaliar a extensão da destruição óssea e a comunicação entre as cavidades. Assim como a endoscopia e a tomografia computadorizada podem ajudar a analisar outros casos. Já no caso dos tratamentos disponíveis há algumas opções:
- Cirurgia - O tratamento primário para fístulas oronasais é a intervenção cirúrgica para fechar a comunicação anormal. Sendo assim, isso pode incluir enxertos de tecido para promover a cicatrização.
- Antibioticoterapia - Uso de antibióticos para controlar qualquer infecção secundária associada à fístula.
- Cuidados Pós-operatórios - Dietas macias ou líquidas, uso de colar elizabetano para evitar trauma na área cirúrgica, e administração de medicamentos conforme prescrito.
Mobilidade dentária em pets
Você já ouviu falar em mobilidade dentária em pets? Bom, mesmo que não tenha ouvido, existe um risco que seu melhor amigo esteja com essa condição em sua boca. Por isso, siga a leitura para saber mais sobre essa condição, como identificar e tratá-la. Caracteriza-se um quadro de mobilidade dentária quando os dentes do pet se movem anormalmente dentro de seus alvéolos (soquetes) na mandíbula ou maxila. Em geral, esta condição se trata de um sinal de doença periodontal avançada e pode causar desconforto significativo, dor e perda de dentes se não for tratada. Conheça algumas causas:
Causas e sintomas da mobilidade dentária
Assim como no caso das fístulas oronasais, a causa mais comum de mobilidade dentária é a doença periodontal, uma infecção bacteriana que afeta as gengivas e as estruturas de suporte dos dentes. Sendo assim, à medida que a doença avança, ocorre a destruição do osso alveolar, causando a mobilidade dos dentes. Além disso, a ocorrência de tumores, lesões e traumas na boca, que possam danificar os dentes e suas estruturas, dentes decíduos retidos e doenças sistêmicas.
Dentre os sintomas, temos o mais óbvio que se trata dos dentes que se movem visivelmente quando tocados ou durante a mastigação. Entretanto, além desse há também o sangramento gengival, mau hálito, dor e desconforto, inchaço e vermelhidão nas gengivas e em casos de infecção grave, pode haver presença de pus ao redor dos dentes.
Diagnóstico e tratamento
Caso seu pet esteja com suspeita de mobilidade dentária, o médico veterinário fará uma inspeção visual e palpação dos dentes e gengivas durante um exame veterinário. E para avaliar e investigar a extensão da perda óssea e outras anormalidades subjacentes, ele deve realizar exames laboratoriais e radiografias. Por isso, sempre ressaltamos aqui a importância de realizar uma limpeza profunda para remover placa e tártaro, tanto acima quanto abaixo da linha da gengiva, pois ela é a melhor forma de prevenir e tratar (saiba mais sobre a limpeza). Em casos de mobilidade grave, dentes afetados podem precisar ser extraídos para prevenir dor e infecção. Além disso, há o uso de antibióticos, para tratar infecções bacterianas associadas à doença periodontal, e o uso de medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos para controlar a dor e a inflamação.
Abscesso na boca: O que é?
O abscesso se trata de uma mistura de células de defesa com pus, fluido que o corpo produz como uma resposta natural à infecção, causada pelas bactérias na região. Eles podem ocorrer na pele, em tecidos moles, nas gengivas e até mesmo em órgãos internos, como próstata, fígado ou pulmões. Sendo assim, é bem mais fácil avistar o fenômeno quando ele é externo, pois quando ocorre internamente, não há sintomas claros do animal.
O abscesso, em geral, provoca dor, inflamação, quentura no local afetado e edema. Dentre as principais causas estão: ferimentos de brigas e mordedura. Quando ocorre na boca dos pets em geral são provocadas por doença periodontal e inflamação e por isso que abscessos em cachorros exigem tratamento. Justamente para evitar complicações mais sérias.
Sinais de abscesso
Um dos sinais é quando há o surgimento de nódulo cutâneo ou subcutâneo, inicialmente firme e depois mole. Sendo assim, a área afetada acaba ficando quente e de coloração avermelhada, causando também dor e inchaço na região do nódulo. Além da presença de pus em caso de abertura do ferimento.
Por fim, vale ressaltar que o abscesso em cães nem sempre se abre. Por isso, sempre que conseguir identificá-lo leve o cachorro o mais depressa possível ao veterinário, a fim de obter um diagnóstico e um tratamento preciso.
Diagnóstico e tratamento
Por meio de uma avaliação clínica, o médico veterinário consegue confirmar o diagnóstico. E a partir disso, poderá fazer uma drenagem, analisando a presença do conteúdo purulento ou de sangue com pus. Após drenar o conteúdo, costuma-se realizar um exame de cultura e antibiograma da secreção para identificar a bactéria responsável pela infecção. Assim, fica mais fácil apontar o antibiótico adequado para o caso.
Como visto, ferimentos por brigas e mordeduras estão entre as principais causas de nódulos na pele, dentre eles os abscessos. Por isso, é importante socializar seu amigo desde cedo, tomando alguns cuidados na interação com outros animais. No caso de mais de um pet em casa, a castração de todos ajuda a evitar as brigas.
Fratura de dente em pets
Os pets, cães e gatos, possuem um alto índice de predisposição a fraturas, pois eles não têm aquele estímulo de propriocepção. Isto é, não entendem quando algo é muito duro para eles. E assim, eles mordem com tudo e quebram o dente.
Em seguida, vem o erro mais comum: achar que o dente pode ficar dessa maneira. Entretanto, quando há uma fratura, além da dor, as bactérias da boca podem entrar nessa fratura e podem desencadear problemas para o corpo todo.
Além disso, as raízes dos dentes são quase três vezes maiores do que a coroa do dente nos cães. E dentro dela há uma estrutura chamada câmara pulpar. Ou seja, o canal onde fica o nervo do dente e os vasos sanguíneos, que acabam mantendo o dente vivo, já que o dente se trata de uma estrutura viva. Sendo assim, através dos vasos sanguíneos eles trazem oxigênio, nutrientes e materiais que vão fazer com que esse dente permaneça vivo e se desenvolvendo.
Tratamento de fratura
A quebra do dente pode resultar em uma fratura simples, que não expõe o canal, ou em uma fratura complexa, que envolve a exposição do canal pulpar. Quando se trata de uma fratura complexa, as bactérias da boca podem entrar no canal e contaminar toda essa estrutura viva do dente. E esse processo começa a gerar uma inflamação na boca do animal. Ou seja, se o tutor não perceber essa inflamação na boca do pet, ela pode evoluir por dias ou semanas sem tratamento e pode virar uma necrose.
Neste caso, o pet deve ser levado em veterinário odontológico para uma avaliação correta. Normalmente, as opções de tratamentos são: tratamento do canal, restauração do dente ou em alguns casos a extração do dente. Entretanto, apenas nos casos mais graves, em que há comprometimento do dente e de estruturas adjacentes.
Como preparar seu pet para um procedimento dentário
Cuidar da saúde dentária do seu pet é essencial para garantir uma vida longa e saudável. E na clínica do Dr. Patas, sabemos que procedimentos dentários podem gerar dúvidas e preocupações. Por isso, preparamos algumas dicas importantes para você saber como preparar seu pet para um procedimento dentário.
Agende uma consulta prévia - Antes de qualquer procedimento, é fundamental agendar uma consulta com o veterinário. Dessa forma, essa visita permite uma avaliação da saúde geral do seu pet. E em um segundo momento, discutir o procedimento em detalhes.
Jejum
Normalmente, os pets precisam ficar sem comer por 8 a 12 horas antes do procedimento, especialmente se for necessário anestesia. A água geralmente pode ser oferecida até algumas horas antes. Entretanto, sempre esclareça suas dúvidas.
Exames pré-operatórios
O veterinário pode solicitar exames pré-operatórios, como exames de sangue. Pois esses exames ajudam a identificar qualquer problema de saúde que possa complicar a anestesia ou a recuperação.
Higiene Prévia
Embora o veterinário cuide da higiene oral durante o procedimento, é uma boa ideia dar um banho no seu pet alguns dias antes. Entretanto, evite banhos no dia do procedimento.
Redução de estresse
O pet pode perceber sua ansiedade. Por isso, tente manter a calma e agir de forma confiante. Entretanto, se ainda assim o pet ficar ansioso, consulte o veterinário sobre a possibilidade de usar feromônios calmantes ou medicamentos leves para mantê-lo mais tranquilo.
Plano pós-operatório
Por fim, sempre discuta com o veterinário sobre os cuidados pós-operatórios. Ou seja, informações sobre alimentação, medicamentos, atividades permitidas e sinais de alerta para possíveis complicações. Assim, você pode se preparar com todos os suprimentos necessários em casa.
Na clínica do Dr. Patas, estamos comprometidos em proporcionar os melhores cuidados para o seu pet. Preparar seu pet adequadamente para um procedimento dentário é essencial para garantir um processo seguro e eficaz.
Manual de saúde bucal para pets do Dr. Patas
Cuidar da saúde bucal do seu pet é um gesto de amor e responsabilidade. Ao incorporar os hábitos de escovação regular, oferecer os alimentos corretos e fazer visitas periódicas ao veterinário, você estará investindo na qualidade de vida do seu companheiro. Lembre-se: a prevenção é sempre o melhor remédio, e com o cuidado adequado, seu pet poderá desfrutar de dentes fortes e gengivas saudáveis por muitos anos.
Tem interesse em contar com a melhor infraestrutura do bairro do Paraíso para cuidar da saúde bucal do seu pet? Preencha o formulário que entraremos em contato o mais rápido possível! 🐱🐶🪥🩺
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